quarta-feira, 7 de abril de 2010

Batalha com a tribo orc

Great Rock Dale - 08 de Eleint de 1368 DR

Tendo vencido as duas Displacer Beasts, o grupo volta sua atenção para os corpos dos orcs. Ambos foram severamente mutilados pelas bestas, que pareciam estar se alimentando deles. Um dos orcs parece ser um guerreiro, como os outros cinco orcs encontrados na câmara anterior. O outro parece um pouco diferente dos demais. Além de trajar roupas, ou melhor, trapos de cores mais avermelhadas, o orc fede a peixe e parece estar equipado para viagem. Revirando o conteúdo de sua mochila, os aventureiros encontram comida para mais de cinco dias de viagem. Encontram também uma mensagem escrita em comum, que diz:

Orcs na parte norte de Great Rock Dale querem colaborar. Esperarão por você na próxima lua cheia. - Ranchefus

A mensagem traz os restos de um lacre de cera com o símbolo do deus Cyric. Deus da morte, das mentiras, da tirania e do assassinato. Guardam a mensagem sem entendê-la ao certo, já que não sabem quem é aquele orc nem nunca ouviram o nome Ranchefus antes. Hadrada, seguindo seus instintos bárbaros, decide que pode ser uma boa idéia levar a cabeça do orc que trazia a mensagem. A corta com seu machado e a enfia em uma de suas sacolas. O grupo volta a explorar a caverna. O corredor que ainda não havia sido explorado termina logo à frente, numa passagem vertical que parece levar à floresta Hardlow Woods. Cantoná tenta escalar a passagem, mas não consegue. As pedras sedimentares do vale parecem se desmanchar sob suas mãos. Gimlond conclui que as Displacer Beasts devem ter vindo da floresta, entrando na caverna por essa passagem. Kuiper, que explorava as câmaras onde os corpos dos orcs foram encontrados, chama os demais, mostrando que as pegadas dos orcs vêem de fora da caverna. Como a caverna não apresenta sinal de habitação por orcs, conclui que os orcs deviam estar explorando a caverna apenas, talvez para usá-la como abrigo por uma noite. Os seis orcs guerreiros encontrados traziam pouco mais que suas armas e armaduras, não parecendo que pretendiam demorar por ali. Acredita que eles poderiam estar escoltando o orc que trazia a mensagem, seja para dentro ou para fora do vale. Saindo da caverna por onde haviam entrado, continuam a seguir as pegadas dos orcs. As pegadas vêem do sul e Kuiper conclui então que os orcs guerreiros deviam estar escoltando o outro orc para fora do vale. O grupo segue a sul, ainda seguindo as pegadas dos orcs. Kuiper segue à frente do restante do grupo, movendo-se silenciosamente e rastreando as pegadas.

Depois de andarem por pouco mais de uma hora, o grupo ouve vozes guturais à frente. Orcs. Pelo número de vozes, um pequeno grupo deles. Kuiper se abaixa, escondendo-se na vegetação, e faz um gesto para que o grupo pare. Todos se abaixam e esperam. As vozes parecem vir na direção do grupo inicialmente, mas depois viram em direção à encosta leste e diminuem até não poderem mais serem ouvidas. Kuiper volta ao grupo, ainda movendo-se silenciosamente. "Avistei cinco orcs à frente. Eles entraram numa caverna à esquerda. Essa região deve ser território deles, senão não se arriscariam em conversar tão alto", explica. O grupo decide seguí-los. Cerca de cem metros à frente, chegam à caverna mencionada por Kuiper. É uma caverna estreita, completamente escura. Cantoná para próximo à entrada e ouve atentamente, tentando detectar algum sinal dos orcs. Mas ouve apenas o som do vento que corre no vale, não há um único ruído à frente. Decidem seguir sem acender tochas, com os anões e Wasif guiando o restante do grupo no escuro. Seguem assim por pouco tempo e avistam luz do dia à frente. A caverna era na verdade um pequeno corredor, ligando duas regiões do vale. Diretamente à frente avistam uma encosta alta. No pé dessa encosta, encontram o que procuravam. Dois orcs guardam a entrada de uma outra caverna, provavelmente onde entraram os cinco orcs avistados anteriormente. Um deles traz um escudo, onde se vê pintado um olho em vermelho-sangue. Nurgar, que seguia à frente, prepara-se para lançar seu machado de mão. Mas Kuiper pede para que ele espere e combina um ataque com o grupo, visando matar os orcs antes que um deles possa correr para dentro e chamar reforços. Kuiper diz poder matar um dos dois a flechadas, mas precisa que Nurgar, Cantoná e Wasif, que possuem armas de lançamento, matem o outro. Hadrada se oferece para correr em direção aos orcs depois que as armas forem lançadas, caso algum deles continue vivo. Todos se preparam. Kuiper dispara duas flechas e um dos orcs cai morto. Nurgar acerta seu machado no ombro do outro orc, mas não é o suficiente para matá-lo. A adaga de Cantoná e a pedra lançada pela funda de Wasif não atingem o orc. Sem conseguir saber a origem dos ataques e vendo seu companheiro de guarda morto, o orc faz como esperado e corre para dentro da caverna. Porém, Kuiper, mesmo sem conseguir ver o orc na escuridão da caverna, lança mais duas flechas. Ouve-se um grito de dor de dentro da caverna e o barulho de um corpo caindo ao chão. O grupo segue para a entrada da caverna e puxa os dois corpos para fora. Dois orcs guerreiros, como vários outros já enfrentados antes. Cantoná explora a região do lado de fora da caverna. À esquerda, o vale parece continuar a sul. Nenhuma outra caverna é avistada por ali. Os que possuem infravisão conseguem ver que essa caverna, assim como a anterior, é também um corredor estreito. Kuiper decide investigar a caverna e pede que Wasif o guie pela escuridão. Os dois seguem o corredor tão silenciosamente quanto possível. Pouco tempo depois retornam e Wasif diz ter avistado um grupo grande de orcs numa câmara escura no fim do corredor. Os aventureiros reparam que Kuiper parece agitado, ansioso por entrar na caverna. Seus olhos demonstram claramente todo seu ódio por orcs. Ainda assim, mantém-se calmo e planeja a invasão junto ao restante grupo. Os humanos carregarão tochas, para que não precisem lutar no escuro. Hadrada seguirá em primeiro, para poder invocar sua fúria berserker e correr para o combate logo em seguida. Sengir, Cantoná, Nurgar e Kuiper entrarão em seguida. E Gimlond e Wasif entrarão por último. E assim fazem. Hadrada para em meio ao corredor e se concentra para entrar em estado de fúria. Agitado, sussurra palavras incompreensíveis e respira cada vez mais ofegante. O resultado do ritual é um grito de raiva que ecoa por toda a caverna. Hadrada solta a tocha que trazia e corre à frente do grupo, tão rápido quanto consegue. O grupo entra na câmara e se lança em meio a mais de vinte orcs, já armados e prontos para o combate. O combate é intenso. Hadrada sofre graves ferimentos, mas luta sem parecer nem sentí-los, matando um orc a cada machadada. Sengir e Cantoná lutam bem e derrubam vários orcs. Nurgar não parece estar com sorte e erra diversos de seus golpes, mas persiste e acaba por derrubar seus adversários. Kuiper se descuida no começo do combate e se desequilibra ao tentar acertar os orcs que o atacam, mas se recupera e enfrenta seus oponentes ferozmente, atacando simultaneamente com uma espada longa e uma adaga. Gimlond também entra no combate, atacando com sua maça, assim como faz Wasif com sua funda, depois de lançar a benção do Pai Carvalho sobre o grupo (Bless). Mesmo sofrendo diversos ferimentos, o grupo vence os orcs. Quando o último orc está prestes a cair, ouvem vozes e passos de mais orcs vindo de um corredor à direita. Mais cerca de vinte orcs avançam em direção ao grupo. Assim que entram em combate com os orcs, as luzes se apagam e o grupo se vê imerso numa escuridão impenetrável. Wasif imediatamente identifica a escuridão como efeito da magia Darkness. A tribo de orcs parece ter um xamã. O combate começa e os aventureiros têm dificuldade para acertar os orcs sem conseguirem enxergá-los. A dificuldade aumenta ainda mais quando sentem que a benção lançada por Wasif deixa de fazer efeito, provavelmente por ter sido cancelada pelo xamã orc. Hadrada e Kuiper são os que conseguem lutar melhor. Hadrada por ter aprendido a lutar no escuro e por ainda estar em fúria berserker e Kuiper sendo movido por seu ódio pelos orcs. A batalha continua até que o último dos orcs cai. Nenhum dos aventureiros caiu no combate, apesar de muitos estarem gravemente feridos. Hadrada, saindo de sua fúria e sentindo todos os ferimentos que sofreu ao longo do combate, desmaia, quase morto. Sengir, guiando-se pelo tato, ajuda Hadrada a se levantar, usando seu poder de Lay on Hands. O grupo sai da câmara, seguindo pelo corredor de onde a última leva de orcs veio. Voltam a enxergar assim que saem da câmara onde enfrentaram os orcs. A câmara seguinte é fracamente iluminada por restos de madeira que queimam no chão, nos cantos da sala. Olhando para trás vêem a escuridão na qual lutavam, que engole qualquer tipo de luz que chegue até ela. Da câmara onde estão, vêm duas outras câmaras à frente.

Seguindo pela primeira delas o grupo se surpreende ao se deparar com uma bela elfa sentada desconfortavelmente no chão de pedra. Suas mãos e seus pés estão atados por cordas, mostrando que se trata de uma prisioneira dos orcs. Os restos de comida no chão e um couro cru que devia lhe servir de cama indicam que o local tem sido seu cativeiro há pelo menos alguns dias. Ela olha assustada para o grupo, mas demonstra alívio em ver rostos amigáveis. Sengir a liberta das cordas e a ajuda a se levantar. "Meu nome é Earinë, fui capturada pelos orcs numa floresta próxima e trazida para cá", diz respondendo às perguntas dos aventureiros. Earinë é alta, magra, de pele branca levemente azulada, com cabelos avermelhados e sardas douradas no rosto. Continuando a contar sua história, relata que os orcs a atacaram enquanto dormia, mas que claramente não tinham intenção de matá-la, atacando-a com o lado de suas armas. Ela desmaiou em meio ao combate e quando acordou estava presa aqui. Estranhou os orcs se preocuparem em mantê-la viva e bem alimentada, ainda que com comida típica de orcs. Earinë se junta ao grupo para terminar de explorar a caverna antes que possam conversar com calma. A câmara que ainda não havia sido explorada parece ser o lar do orc líder da tribo. Quatro orcs fêmeas se encontram ali, acuadas. Nurgar e Hadrada se encarregam de matá-las. Sengir e Cantoná não aprovam a atitude de seus companheiros, mas não os impedem.

Com a caverna já explorada, Cantoná sugere que Kuiper vigie a entrada. Kuiper concorda e diz que esperará pelo grupo do lado de fora. Os demais voltam à câmara onde enfrentaram os orcs, esperando encontrar algo de útil em meio a seus pertences. Porém, a escuridão ainda domina o local. Decidem trazer os corpos dos orcs para as áreas iluminadas da caverna. Enquanto isso, Earinë continua a contar o que sabe sobre os orcs. Diz que um orc um pouco diferente dos demais veio conversar com ela, num comum cru. Além de suas roupas serem diferentes o orc cheirava a peixe. O orc parecia interessado em confirmar se ela era uma maga. Disse que voltaria para buscá-la assim que resolvesse "negócios" pendentes num forte. Earinë conta que teve a impressão de que, seja o que for que ele tinha a resolver, não era algo bom. Hadrada, reconhecendo a descrição, remove a cabeça do orc de suas sacolas e pergunta "É esse o orc que você diz?". Earinë confirma, levemente assustada com a cena. Por fim, Earinë conta ao grupo que é uma Wild Mage. Diz que vinha do norte e apenas passava pela região quando foi capturada. A convite de Cantoná aceita permanecer com o grupo por ora. Seguia a sul sem destino certo no momento e se sente intrigada com os últimos acontecimentos. Em meio à conversa e a remoção dos corpos, a escuridão se dissipa, facilitando o trabalho dos aventureiros. Somando as moedas que encontram com os orcs obtêm 172 GP, 53 SP e 198 CP. Além disso, encontram três poções (Potions of Healing). Wasif lança um Detect Magic e informa que, além das poções, a espada longa do orc líder e um anel de ouro usado pelo xamã são mágicos. O orc líder trazia ainda em sua cintura duas gemas, uma verde-azulada e outra negra com reflexos dourados. Ambas parecem ser preciosas. O livro de magias de Earinë é encontrado com o orc xamã e devolvido a ela. O grupo recolhe o que encontrou e sai da caverna. Kuiper está do lado de fora. A noite começa a cair em Great Rock Dale.

O grupo discute os acontecimentos do dia, como se tentando juntar as peças de um quebra-cabeça. Gimlond acredita que o orc fedendo a peixe era um emissário dos orcs Bloodskull, que depois de tentarem sem sucesso recrutar os orcs do sul do vale, conseguiram aliados a norte. Crê que a lua cheia à qual a mensagem se refere deve ter sido a lua cheia de alguns dias atrás, quando Nurgar se transformou num Werebear em Howler's Moor. Saindo do vale o orc emissário e sua escolta devem ter sido surpreendidos e mortos pelas Displacer Beasts. O porquê do interesse do emissário pela maga e a qual forte ele se referiu em sua conversa com ela ainda são mistérios. Além disso, por que esses orcs fedem a peixe? De onde eles vêem? Por que estão tentando recrutar as tribos de Great Rock Dale? O grupo ainda possui mais perguntas que respostas, mas parece ter encontrado algumas pistas agora. Cantoná pergunta a Kuiper se ele conhece algum outro forte na região, além da residência do Conde Parlfray, mas Kuiper diz que não há outros fortes por ali, pelo menos nenhum conhecido. Pensando a respeito, Kuiper levanta a hipótese, ainda que improvável, de um ataque orc ao forte da família Parlfray. Mesmo não acreditando nessa possibilidade, acha uma boa idéia avisar o Conde sobre o que descobriram até ali.

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