quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mapa da caverna dos Orcs Bloodskull

Lança encontrada com os Orcs Bloodskull

Os Orcs abaixo do mundo

Passagens subterrâneas - 06 de Marpenoth 1368 DR

O grupo segue viagem depois do combate com os orcs e no fim do dia chega ao seu destino, mesmo sem saber qual era ele até este ponto. Na parede esquerda do túnel por onde seguiam avistam uma grande porta dupla, feita de madeira maciça e reforçada com tiras de bronze. Há duas fechaduras, uma em cada porta. Os aventureiros testam as chaves com cabos de marfim que encontraram com os clérigos de Cyric no forte e nas minas abandonadas e verificam que elas entram perfeitamente nas fechaduras desta porta. Mas, cansados de viagem, decidem repousar antes de tentarem abrí-la. À frente da porta o túnel se bifurca e Wasif, ainda como um morcego, explora ambos os caminhos. Indica que um deles termina logo adiante e o grupo decide montar acampamento por lá, a algumas centenas de metros da porta que encontraram. Dormem, novamente com os guerreiros se revezando nos turnos de vigília, mas a noite passa sem que qualquer incidente perturbe o silêncio do túnel subterrâneo.

No dia seguinte, após se alimentarem e prepararem suas magias, voltam até à porta. Wasif usa a magia Augury e pede para que Silvanus dê alguma indicação do que os espera do outro lado. O Pai Carvalho ouve as preces do druida e lhe avisa que encontrarão perigo, real e iminente. Abrem a porta com as chaves dos clérigos de Cyric e ao empurrarem um dos lados ouvem o som de pedras caindo do lado de dentro. A porta abre o suficiente para passarem um por vez apenas, mas isso já basta para sentirem o cheiro fétido de orcs na caverna... Percebem, com a ajuda da magia Light usada no escudo de Sengir, que pedras foram colocadas do lado de dentro da porta para impedir que ela se abrisse totalmente. O outro lado da porta nem se move ao ser empurrado. Dentro não vêem nem ouvem nada. Escuridão e silêncio apenas.

Nurgar entra primeiro, escalando o monte de pedras que barra o outro lado da porta. Mas antes mesmo que seus olhos possam se acostumar com o escuro, é ferido por diversas setas atiradas em sua direção! O anão corre para trás de uma grande rocha na parte direita da caverna enquanto Sengir, Gimlond e Cantoná entram pela abertura da porta. Earinë entra em seguida e se posiciona atrás de Sengir. Setas, lanças e machados de mão são atirados em direção aos três que estão à frente, mas quase nenhum dos ataques consegue acertá-los. Wasif, logo antes de entrar na caverna, lança a magia Bless, pedindo que o Pai Carvalho abençoe e proteja o grupo. Sengir e Cantoná avançam em direção aos atacantes com suas espadas em punho e Gimlond e Earinë correm para trás da mesma rocha onde Nurgar encontrou proteção. O grupo agora vê o que os espera: três grandes lagartos, cada um com quase cinco metros de comprimento, avançam na direção do paladino e do swashbuckler. Atrás deles, um grupo de cerca de vinte orcs atacam com armas de longa distância, todos trazendo o símbolo da tribo Bloodskull. O combate é sangrento. Os lagartos se mostram enfurecidos e mordem Cantoná e Sengir repetidas vezes, ferindo-os gravemente a cada mordida. Como se não bastasse, alguns orcs avançam, cercando os flancos de ambos os guerreiros. Nurgar, enquanto isso, dá a volta na pedra que o protegia e corre na direção do grande grupo de orcs atrás dos lagartos, sendo imediatamente cercado por eles. Mas Earinë, Wasif e Gimlond, todos três à distância, conseguem derrubar um grande número de orcs com as magias Sleep e Hold Person. Em seguida, Earinë passa a ajudar Cantoná, que enfrenta dois dos grandes lagartos. Fere um deles com a magia Magic Missile e, tentando criar o efeito dessa mesma magia com um Nahal's Reckless Dweomer, enche o ar da caverna com uma música tão épica quanto o combate ali sendo travado! Wasif, por sua vez, confirma sua fama de bom atirador e com sua funda derruba diversos orcs. Gimlond avança em direção aos orcs com sua maça em mãos e entra no combate corpo-a-corpo. Depois de muito sangue ser derramado, principalmente do lado dos orcs e dos lagartos, o grupo sai vitorioso! Os orcs que não foram mortos em combate estão sob o efeito de alguma das magias lançadas e são facilmente mortos pela adaga de Earinë. O grupo, bem ferido depois do combate, respira aliviado.

Porém, o alívio dura pouco. Logo depois do último orc ser morto ouvem, vindo do fundo da caverna, o som de mais um lagarto... Apreensivos e agora em silêncio, ouvem gritos de ordem numa voz gutural. Os gritos são seguidos pelo som de armas sendo batidas contra escudos e passos pesados em marcha, avançando em direção à caverna onde o grupo se encontra. Sabendo que não têm muito tempo até o confronto iminente, respiram fundo e se posicionam para enfrentarem os oponentes que se aproximam. Sengir, com sua espada longa e seu escudo em mãos, para no meio da caverna olhando fixamente para a escuridão de onde virão os inimigos. Cantoná bebe o último gole de seu vinho e para ao lado direito de seu companheiro, arremessando a garrafa vazia para o lado e removendo sua sabre da bainha. Nurgar, com seu machado sujo de sangue dos orcs, para do outro lado do paladino, respirando pesadamente. Gimlond, Wasif e Earinë se posicionam metros atrás dos três guerreiros, cada um pensando qual das magias que ainda possuem pode lhes ser mais útil neste momento. Se algum deles sentiu medo nessa hora, nenhum demonstrou.

Em pouco tempo avistam um grande lagarto, maior que os enfrentados até então, montado por um grande orc negro trazendo uma lança de mais de dois metros de comprimento. O grupo reconhece o orc como um Orog, orcs maiores e mais fortes que os demais, possivelmente por terem sangue ogro em sua ascendência. O lagarto que ele monta traz pinturas rudimentares de guerra: armas, crânios quebrados e o que parecem ser elfos sendo mortos e comidos por orcs. Dois pequenos grupos de orcs, ambos em formação militar, avançam ao lado do lagarto montado. Logo atrás, um orc avança imponente. Traja uma armadura de cota de malha, uma capa vermelha e empunha um machado de duas mãos. Completando o exército, dois orcs usando tapa-olhos, e assim identificados como xamãs de Gruumsh por Gimlond e Wasif, se aproximam por último, cada um protegido por dois orcs guerreiros. Como os orcs enfrentados antes, todos trazem o símbolo da tribo Bloodskull.

Os orcs avançam em direção ao grupo, gritando enfurecidos. Logo no início do confronto, Sengir, Cantoná e Nurgar atacam e ferem gravemente o lagarto gigante. O orog escolhe Sengir como alvo, deferindo pesados golpes com sua lança enquanto se equilibra sobre o réptil. Enquanto isso, Gimlond, com seu último Hold Person, paralisa o orc de capa vermelha, que o grupo acredita ser o chefe da tribo. Logo em seguida corre em direção a ele empunhando sua maça. Earinë, já quase sem magias, aguarda o melhor momento para ajudar seus companheiros. Os dois grupos de orcs que acompanhavam o orog e seu lagarto cercam Sengir, Cantoná e Nurgar e passam a atacá-los pelos flancos e por trás. Mas um destes orcs fica junto ao chefe da tribo, aparentemente tendo sido avisado pelos xamãs que ele corria perigo. Os xamãs amaldiçoam o grupo (Curse) e abençoam os orcs (Bless) e o grupo sente a presença de Gruumsh atrapalhando seus golpes e favorecendo os de seus oponentes. Wasif, vendo os guerreiros do grupo serem cercados por orcs enquanto tentam derrubar o lagarto gigante, lança a magia Color Spray para tentar ajudá-los. Mas por azar um único orc é colocado inconsciente. Já sem magias, o druida passa a atacar os orcs à distância com sua funda. Gimlond, que avançava em direção ao aparente chefe da tribo, é interceptado pelo orc que o protegia e os dois entram em combate. Enquanto isso, depois de muitos golpes, Sengir, Cantoná e Nurgar conseguem matar o lagarto, que com seus últimos movimentos lança o orog ao chão. Os xamãs, ainda de longe, dissipam a magia de Gimlond que afetava o chefe da tribo com um Dispel Magic e fazem a armadura de Nurgar se esquentar com um Heat Metal, a mesma magia que matou Hadrada nas minas abandonadas.

Nesse momento Earinë percebe que se não ajudar seus amigos pode estar decretando a morte de todos eles. Assim, novamente tentando criar o efeito da magia Magic Missile, lança um Nahal's Reckless Dweomer em direção ao chefe da tribo orc. A força mágica liberada não assume a forma de Magic Missiles, mas sim de algo ainda mais poderoso: um Lightning Bolt sai das mãos da maga e avança na direção do orc. Num piscar de olhos o raio mata alguns dos orcs que atacavam os guerreiros do grupo; fere Nurgar, que pulando para o lado consegue esquivar em parte da magia; queima gravemente o orog, que parece estar prestes a sucumbir; derruba o orc que atacava Gimlond; e acerta em cheio o líder dos orcs, queimando sua capa junto com grande parte de sua pele. Gimlond também é acertado pelo raio, mas Marthammor Duin lhe confere completa imunidade a danos por eletricidade e assim ele não é ferido. O anão, com parte da energia que o atravessou ainda passando de sua armadura para o chão, avança em direção ao líder orc e afunda seu crânio com um único golpe. Sengir, já muito ferido, reúne suas forças e gritando alto atravessa o orog com sua espada. O grupo sente agora que a batalha pode ser vencida.

Sengir e Cantoná passam então a enfrentar os orcs que os atacavam pelos lados e por trás, ainda ajudados pela funda de Wasif. Nurgar remove sua armadura, que continua a esquentar rapidamente, e em seguida volta a empunhar seu machado contra os orcs. Os orcs xamãs, aparentemente já sem magias, avançam com lanças em mãos junto aos orcs que os protegiam. Com golpes certeiros os orcs guerreiros são vencidos sem dificuldade pelo grupo, restando apenas os xamãs. Um deles é morto por um único golpe de Sengir, que vingando seu amigo Hadrada, finca a espada no ombro do orc, atravessando-o. O outro é enfrentado por Gimlond, Wasif e Nurgar. Depois de ser ferido diversas vezes e aparentemente se entregando à morte, o xamã olha para os corpos no chão e olha com desespero para um símbolo peculiar em sua lança. Aproveitando o momento, Nurgar levanta seu machado e arranca as duas mãos do orc, que ainda seguravam a lança quando foram ao chão. A tribo de orcs Bloodskull foi derrotada!

O grupo, mesmo muito ferido, avança para explorar o restante da caverna e se certificar de que não há mais perigo. As passagens e cavernas aqui são extensas e os aventureiros seguem com cautela, iluminando cada reentrância que encontram antes de prosseguirem. Algumas centenas de passos à frente chegam à entrada de uma caverna espaçosa. Dentro dessa caverna o grupo avista uma orc bem velha, de rosto enrugado, com uma perna definhada e usando longas garras de metal em ambas as mãos. Atrás da orc há um grande grupo de orcs fêmeas e filhotes, todos quietos e apreensivos. "Ir", diz a orc em língua comum. Mas, talvez por medo, a orc demonstra que não quer entrar em combate com o grupo, recuando para se juntar às fêmeas e aos filhotes que protege. Nurgar permanece na entrada da caverna por precaução, enquanto o restante do grupo avança. Pouco à frente encontram o que parece ser o alojamento dos orcs guerreiros que enfrentaram. Nesse alojamento encontram, além de símbolos da tribo por toda parte, dois prisioneiros: Snagger, um anão forte, mas bem abatido, e um fazendeiro, de olhar vago, que não diz uma única palavra. Snagger explica que os dois eram forçados a trabalhar para os orcs, o que pode ser visto claramente pelos hematomas e machucados nas costas do anão. Conta ainda que o fazendeiro ficou assim depois de ser aterrorizado pelos orcs durante semanas, que explicavam a ele em detalhes como comeriam sua carne. O grupo, acompanhado dos dois prisioneiros libertados, continua a explorar o complexo de cavernas, chegando à última delas. Reparam que essa caverna, mais limpa e organizada que as demais, servia de aposento para o chefe da tribo e para os dois xamãs. Além de um grande baú de madeira e dos três leitos, nada mais do que peles de animais estiradas no chão, avistam uma passagem estreita que segue em declive a partir da parede esquerda da caverna.

Iluminando esse caminho percebem de relance uma movimentação à frente, próxima ao chão. Olhando com mais atenção vêem um grupo de cerca de dez gnomos surgir como que das próprias paredes da passagem! Os gnomos se aproximam e ao serem iluminados pelas tochas do grupo mostram não serem gnomos comuns. Possuem pele cor de rocha, alguns mais acinzentados outros mais amarronzados, olhos cinzentos, nariz grande e parecem não ter um único fio de cabelo no corpo. Suas roupas seguem a mesma coloração de suas peles e todos carregam espadas curtas ou machados de mão. Olham desconfiados para o grupo e para os arredores. Entre esse grupo uma gnoma se destaca. À frente dos demais ela olha calmamente para o grupo de aventureiros. A gnoma, de pele e olhos cinza bem claro, tem cabelo castanho na altura de seu ombro e usa um manto marrom com pequenas pedras avermelhadas, uma delicada tiara de prata e uma sandália fina de metal. Gimlond, Wasif e Earinë conseguem sentir uma pesada aura de magia ao seu redor. Com uma expressão séria em seu rosto, a gnoma diz em língua comum, "Eu acho que nós deveríamos conversar sobre o que vocês planejam fazer agora, vocês não acham?".